Quando Cornélio Pires lançou a "Turma Caipira Cornélio Pires", em 1929, as gravadoras e produtoras de discos instaladas aqui no Brasil não acreditavam no projeto dos discos com música sertaneja e anedotas contadas por ele, porque achavam que não tinham mercado. Foi então que Cornélio Pires resolveu investir nesse projeto e lançou cinco discos com selo diferenciado dos discos que eram produzidos comercialmente. Como só ele teria os direitos de vendas e distribuição, acabou sendo uma grande novidade para o mercado, a música sertaneja de raiz estava ganhando público consumidor. O primeiro disco da música sertaneja foi gravado por Sorocabinha (organizador da turma), Arlindo Santana, Sebastião Ortis de Camargo, Zico Dias, Ferrinho, Mariano e Caçula (dois irmãos).
No final do mesmo ano de 1929, a gravadora RCA Víctor do Brasil teve muito interesse em investir e lançar algo semelhante, então procurou Sorocabinha, da "Turma Caipira Cornélio Pires", para reunir um novo grupo de artistas, do qual participaram: Sebastião Ortis de Camargo, Antônio Estevam, Sebastião Roque, Mandy e as filhas de Sorocabinha, Avelina, Durvalina e Maria Immaculada, formando a "Turma Caipira Víctor", pois a produtora de disco estava com grande disposição de investir nas gravações, por isso deslocara do Rio de Janeiro para Piracicaba os equipamentos e técnicos para gravar a turma e mais um coral.
O local das gravações foi na Escola Normal de Piracicaba (atual Escola Sud Mennucci), que era dirigida pelo professor Manoel Lourenço "Mandy".
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