Roberto Barreiros nasceu em Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo.
Iniciou a carreira como contra-regra na Rádio Clube de Ribeirão Preto nos anos de 40. Posteriormente, se tornou locutor, radioator, comediante e diretor da emissora.
Nos anos de 50, adotava o nome artístico de "Roberto Barreiro", sem o "s" no final.
Por volta de 1950, muda-se para São Paulo, e ingressa nas Emissoras Unidas, indo trabalhar na Rádio Record.
Na emissora, atuou nos humorísticos, "A Felicidade Bate à Sua Porta" (1955), e nos programas "O Sal da Semana" (1956), ao lado de Adoniran Barbosa, "Para Cada Coração uma Sensação" (1956), "Recolhendo o Folclore" (1956), "História das Malocas" (1957), "Estação do Norte" (1957), e "Dicionário da Gíria" (1957).
Em novelas, esteve em "Para Cada Coração uma Sentença" (1955-1956), "A Vida Tumultuada de Tenório Cavalcanti" (1956), e "Doze das Doze" (1957).
Em 1957, ingressa na Rádio São Paulo, do mesmo grupo das Emissoras Unidas. Na emissora, entre outros, atua na novela "A Última Gargalhada" (1957), ao lado de Arlete Montenegro.
No ano seguinte, ingressa na Rádio Piratininga, também das Emissoras Unidas, e atua na novela "Recalque" (1958).
De volta a Rádio São Paulo, atua nas novelas "Quando Cantam as Cigarras" (1959), "A Filha do Diretor do Circo" (1959), e "Lágrimas de Sangue" (1960).
Em 1960, retorna para Rádio Clube de Ribeirão Preto.
Volta a São Paulo pela OVC (Rádio Nacional) em 1961.
Em seu retorno, resolve dar uma repaginada no visual, o transformando em mais jovial, contemporâneo, como também adiciona o "s" a seu sobrenome, ficando assim Roberto Barreiros.
Na emissora, atuou no humorístico Programa Manoel de Nóbrega (1962), ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Pitanga, e outros.
Retornou à Rádio Record em 1964, para atuar em comédia.
Em 1971, vai para o Rio de Janeiro, aonde ingressa na Rádio Guanabara. Teve na emissora um dos programas mais famosos da casa.
Por volta de 1982, mantinha um programa musical diário nas madrugadas da Rádio Record. O programa ia ao as das 2 às 3 horas da manhã. Em 1984, seu programa começa perto de amanhecer, e termina as 8 horas da manhã.
Posteriormente vai para a Rádio Globo.
Em 1987, ingressa na Rádio Aparecida.
Nos anos 2000, trabalhou na Rádio Gazeta AM - 890 kHz em São Paulo, apresentando flashback nacionais da 1 às 5 horas da manhã.
Sua primeira atuação na TV foi em 1962 na TV Paulista.
Trabalhou na "Praça da Alegria" (1962), ao lado de Manuel de Nóbrega, interpretando o personagem "Teobaldo". Com a ida do programa para a Record, só retorna ao programa anos mais tarde, quando também se transfere para a emissora.
Entre outros humorísticos na emissora, esteve em "Folias do Golias" (1961), "Bar do Ponto" (1961), ao lado de Luiz Pini, Zilda Cardoso e Borges de Barros, "TV Se Te Agrada" (1961), ao lado de Canarinho e Borges de Barros, "Bar do Ponto" (1962), ao lado de Zilda Cardoso, Borges de Barros e Luís Pini, "Escolinha de Grupo" (1962), de Manoel de Nóbrega, interpretando o Secondino, "Clube da Alcachofra" (1962), "Zilomag Show" (1962), ao lado de Canarinho e Ronald Golias, "Zilda em 23 Polegadas" (1963), ao lado de Zilda Cardoso, "Miss Campeonato" (1963), atuando como Mosqueteiro, "Heber, Cynar e Simpatia" (1963), "Espetáculos" (1964), programa próprio, "A Cidade Se Diverte" (1965), ao lado de Ema D'ávila, entre outros.
Em teleteatro, atuou no programa "O Colecionador de Emoções", em peças como "Enlouquecendo" (1961), ao lado de Waldir Guedes, em peças no programa "Obrigado, Dr." (1962), e em peças de outros programas, como "Vidas em Canções" (1962), ao lado de Mário Lúcio de Freitas, Marcelo Gastaldi, Márcia Cardeal e outros.
Em 1966, se transfere para TV Record.
Na emissora, atua em diversos humorísticos, entre eles:
- "Praça da Alegria" (1966-1970), retornando com seu personagem "Teobaldo", atuando ao lado de Manoel de Nóbrega, Simplício, Ronald Golias, Chocolate, Zilda Cardoso, Maria Tereza, Ema D'Ávila, Roni Rios, Walter D'Ávila, Viana Jr., e Borges de Barros. O programa encerrou em 1970, mas foi reprisado até 1971.
- "De Que Se Trata" (1969), ao lado de Jaqueline Myrna, Ronald Golias, Chocolate, Simplício, Maria Tereza, Vagareza e Walter D'Ávila, com textos de Manoel e Carlos Alberto de Nóbrega.
- "Uma Graça, Mora!" (1969), ao lado de Ronald Golias, Simplício, Valéria Luercy, Walter D'Ávila, Germano Pimentinha, Roni Rios, Ankito, Vagareza, Renato Aragão, Walter Stuart, e outros.
- "E Hotel do Sossego" (1969), ao lado de Walter D'Ávila, Jacqueline Myrna, Walter Ribeiro dos Santos, Simplício, e Ema D'Ávila.
Na década de 70, comandou um programa próprio na emissora chamado "Porteira Para o Sucesso", no qual revelava novos talentos da música. Foi um programa de curta duração.
Por volta de 1974, ingressa na TV Tupi, onde atua, eventualmente, no infantil "Essa Gente Inocente" (1974-1975), de Lúcio Mauro. Em 1974, apresentou "A Dama e o Vagabundo" (1974), com Edy Cerri e Teobaldo (Roberto Marquis), no programa.
Ainda esteve nos humorísticos:
- "Agência Lig-Pag" (1975), ao lado de Stenio Garcia, Clarice Piovesan, Maria Tereza, Ankito, Aizita Nascimento, Walter D'Ávila, Chocolate, Sérgio Brito (cantor), e outros.
- "E Alegríssimo" (1975), ao lado de Walter D'Ávila, Maria Tereza, Nádia Maria, Paulo Celestino, Geraldo Alves, e outros.
No mesmo ano, vai para a Rede Globo, aonde atua no humorístico, "Azambuja" (1975), ao lado de Chico Anysio, Dorinha Duval, Ítalo Rossi, Arnaud Rodrigues, e outros.
Em 1977, é contratado pela TV Tupi do Rio de Janeiro, para atuar no humorístico, "Domingo é Dia de Graça" (1977), com apresentação de Costinha, ao lado de Maria Tereza, Paulo Celestino, Rony Cócegas, Older Cazarré, Ferrugem, Renato Restier, Rogério Cardoso, Valery Martins, Older Cazarré, e outros.
No final dos anos de 70, participa do programa "Os Trapalhões" (1979), no episódio "Conversa de Botequim", cantando ao lado de Wanderley Cardoso.
Nos anos 80, retorna à São Paulo e ingressa na TVS, aonde fez parte do elenco do humorístico, "Reapertura" (1982), nos quadros "Minuto no Copa", e "Canta e Chora, Aparecido".
Também atuou no humorístico, "A Pensão da Inocência" (1982), ao lado de Walter Stuart e Liana Duval.
Na TV Record, participou algumas vezes do "Especial Sertanejo" (1984-1985), com apresentação de Marcelo Costa.
No âmbito musical, Roberto Barreiros teve uma longa carreira. Cantava o gênero música popular de sua geração, com algumas influências das baladas americanas de sua época. Gravava muito nos estúdios paulista, Chantecler, principalmente por volta de 1967. Fez muito sucesso com a música "Vou Morrer de Rir" em 1966, dentre muitas outras.
Além de seu gênero musical típico dos anos de 60 e 70, Roberto Barreiros também começou a gravar músicas sertanejas, tendo sido o primeiro cantor a gravar a música "Rosto Molhado", de sucesso no meio musical em questão.
No final dos anos de 2000, viajava o Brasil cantando, tanto suas músicas de sucesso, quanto covers sertanejos.
Roberto também chegou a gravar marchinhas para carnaval, como "Vai Catarina" (1964), para o Carnaval de 1965.
No cinema, foi convidado pela primeira vez no ano de 1965, mas acabou não fechando contrato.
O único filme que participou, foi "Zé Sexy... Louco, Muito Louco Por Mulher / Zé Sexy e as Garotas" (1975).
Em 1963, ganhou o Troféu "Imprensa" como melhor revelação de 1962, ao lado de Georgia Gomide. O prêmio era dado para melhores artistas do Rádio e Televisão do Brasil, tendo sido criado pela Revista "São Paulo na TV", e a votação era feita no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Em 1964, ganhou o prêmio "Roquette Pinto" como melhor comediante.
Em sua vida pessoal, se casou com Neide Stardine em setembro de 1957. Pouco tempo depois nascia Roberto (conhecido como Robertinho).
Na dublagem, ingressou em 1961 na GravaSon, levado por Older Cazarré, que procurara atores para dublar os desenhos de Hanna Barbera que dirigira na emissora, trazidos para o Brasil pela Screen Gems. Barreiros fez um contrato direto com a distribuidora. Pouco tempo depois, a Screen Gems cria uma parceria fixa com o estúdio e o transforma em AIC. Barreiros permanece pouco mais de 2 anos no estúdio.
Entre tantos dubladores marcantes nos desenhos de Hanna Barbera, como Waldir Guedes, o próprio Older Cazarré, Lima Duarte, e outros, Roberto Barreiros é mais um que é guardado no imaginário brasileiro como a grande voz dos desenhos da empresa, como dos desenhos como um todo.
É dele a voz de Jambo e Ruivão, na extinta dublagem da série animada. Do fiel escudeiro de Pepe Legal, Babalú. Do perspicaz dono de Wally Gator, Senhor Twiddle. Da heróica Tartaruga Tuche. Do caçador Major Menor de Leão da Montanha. E de tantos outros personagens.
Apesar de ter tido um contrato curto na profissão, retornou outras vezes para dublar na emissora, como foi o caso da série de filmes, "Os Mistérios do Rosário", onde atuara por volta do ano de 1966.
Roberto Barreiros faleceu aos 83 anos, no dia 20 de janeiro de 2020, vítima de infarto. |