Paulo de Oliveira Freire nasceu em São Paulo/SP no dia 01 de abril de 1957. Sua primeira experiência como escritor foi aos 13 anos, na revista "Bondinho", onde escrevia sobre histórias em quadrinhos na "Coluna do Paulinho". Estudou violão clássico com Henrique Pinto, em São Paulo (e posteriormente com o uruguaio Betho Davesaky, em Paris).
Em 1977, após largar a Faculdade de Jornalismo (Paulo Freire inclusive já trabalhou como redator e repórter no jornal "Notícias Populares" em São Paulo, na área de variedades), morou no norte de Minas Gerais, na região do Rio Urucuia, onde aprendeu a tocar viola e se aprofundou nos costumes e lendas do sertão. Aliás, foi essa a forma que Paulo Freire encontrou para dar vazão à inspiração que o romance "Grande Sertão Veredas" de Guimarães Rosa, havia lhe trazido. Mais especificamente em Porto de Manga, em 1978: com o livro debaixo do braço, como se fosse uma bíblia, Paulo Freire conheceu o violeiro Manoel Neto de Oliveira (o "seu Manelim"), morador do Urucuia, que foi seu professor de viola na região.
Com seu talento múltiplo, Paulo Freire é pesquisador, escritor e solista de viola. Desde o violão clássico, com pesquisas voltadas para compositores como Debussy e Brahms (dos quais também escreveu biografias para a coleção "Clássicos", da Editora Nova Cultura) até a mais elaborada e rica música caipira, estão entre os trabalhos de Paulo Freire. Criou também trilhas sonoras para o Globo Rural e também para alguns seriados da Rede Globo, como por exemplo, "Malu Mulher", "Obrigado Doutor" e "Grande Sertão Veredas", este último, feito a partir da obra de Guimarães Rosa - a criação dessa trilha sonora foi em parceria com o Maestro Júlio Medaglia. Atuou também no espetáculo infantil "História de Lenços e Ventos", pelo qual conquistou os prêmios Mambembe e APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), como melhor espetáculo do ano em 1980. Também tocou e atuou na peça "39", Prêmio APCA, como melhor musical do ano, em 1981.
Morou em Paris de 1982 a 1985 e, na capital francesa, aprimorou o violão clássico com Betho Davesaky e atuou também em grupos de música popular brasileira em vários países da Europa e também na Argélia. Conquistou também em Paris uma medalha no "Concours de Classes Supérieurs de Paris".
Como escritor, escreveu dois romances publicados pela editora Guanabara: "O Canto dos Passos" (1988), e "Zé Quinha e Zé Cão, Vai Ouvindo..." (1993). Escreveu também "Eu Nasci Naquela Serra" (1996), lançado pela Editora Paulicéia, livro esse que é uma biografia de Angelino de Oliveira, Raul Torres e Serrinha, três compositores que se criaram na cidade de Botucatu/SP.
Em 1993, Paulo Freire participou de uma turnê de solo de viola pela Europa, onde se apresentou nos mais importantes festivais de World Music da Bélgica e Holanda. Em 1995, gravou seu primeiro disco em solo de viola: "Rio Abaixo", pelo selo "Pau Brasil", com o qual conquistou o Prêmio SHARP de Revelação Instrumental.
Além de seus trabalhos em solo de viola e das participações em CDs de grandes violeiros, como Pereira da Viola, Passoca e Braz da Viola, Paulo Freire também tem gravado trabalhos de artistas que transcendem o universo da viola, como Arnaldo Antunes, Mônica Salmaso, Luiz Tatit, Maurício Pereira, Titi Walter e outros, além de shows, palestras e "Oficinas de Viola" que vem realizando pelo Brasil.
Paulo Freire é casado com a cantora e regente Ana Salvagni e tem dois filhos (Laura e Augusto). Integra atualmente a Orquestra Popular de Câmera, a qual teve seu primeiro CD lançado em dezembro de 1998, que conquistou o prêmio Movimento, como melhor disco do ano.
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