Rubens Moraes Sarmento, mais conhecido como Moraes Sarmento, nasceu em Campinas, no estado de São Paulo, em 14 de dezembro de 1922. Filho dos italianos, Antonio Sarmento e Maria Grosso Sarmento.
Seu avô paterno era jornalista, tendo sido o fundador do primeiro jornal de Campinas: "O Diário de Campinas".
Moraes Sarmento passou toda a sua infância naquela região: Campinas, Limeira e Americana.
Por sessenta anos esteve no ar através de diversas emissoras, como a Bandeirantes, Tamoio, Gazeta, Difusora e Capital, e por 40 anos ele apresentou um programa com seu nome, o “Programa Moraes Sarmento”, dedicado à música popular brasileira, e que nos últimos anos de sua carreira, ia ao ar aos sábados, das 21h às 24h pela Rádio Capital, em São Paulo, e pela Rádio Piratininga, em São José dos Campos/SP.
Conhecido como grande divulgador da música popular brasileira, o programa foi o primeiro a ter auditório em um estúdio de rádio.
A programação musical era toda feita com discos, alguns de 78 rotações, preciosidades essas, que foram usadas até o cancelamento do programa, pouco antes de sua morte.
A dedicação ao rádio começou cedo quando, ainda no interior, gostava de brincar esticando fios e fazendo antenas para melhorar a recepção de sinal dos antigos rádios a válvula que existiam na época. Queria ser técnico de rádio e gostava de música.
Moraes Sarmento começou sua atividade no rádio com 15 anos, patrocinado pelo também radialista Roberto Corte Real.
Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas, Rádio Cultura em São Paulo, e esteve também na Rádio Cosmos, Rádio Tupi, Rádio Bandeirantes, Rádio São Paulo, TV Bandeirantes, TV Record, TV Cultura e Rádio Capital.
Foi o fundador da Federação das Escolas de São Paulo.
Moraes Sarmento esteve no ar por 60 anos ininterruptos.
Casado com Dona Wilma Santochi Sarmento, teve uma única filha, Marisa Sarmento, dois netos, Marcelo Sarmento e Gabriela Sarmento e quatro bisnetos, Luccas Tadeu, Victor Tadeu, Marina Fortes Sarmento e David Miguel Silva.
Recebeu a Medalha do Instituto de História e Geografia, a Comenda Marechal Rondon e Consul Magalhães, pelo seu trabalho de preservação da música de raízes autênticas do Brasil e foi agraciado com o título de Cidadão Paulistano.
Trabalhou também em São José do Rio Preto e chegou depois a São Paulo.
Na Rádio Cultura de São Paulo, apresentou o programa "Cirquinho do Simplício".
Com Inezita Barroso, o radialista dirigiu também o programa de música sertaneja da TV Cultura "Viola, Minha Viola", durante 11 anos.
Proprietário de uma coleção de mais de 5 mil discos, além de 3.500 de 78 rotações, sua casa foi ponto de encontro de cantores famosos.
Sua última aparição na televisão foi em 1998, quando participou do programa "Roda Viva", da TV Cultura, entrevistando a colega Inezita Barroso.
Uma expressão utilizada até hoje, por aqueles que o acompanharam pelo rádio é esta: "1900 e Moraes Sarmento", em alusão ao longo tempo de carreira do saudoso radialista.
Segundo sua filha, Marisa Sarmento, outras frases famosas de seu pai, as quais ficaram muito conhecidas, são:
- "Vou batendo a minha rica plumagem", a qual era dita no momento de sua despedida;
- "Carregue a cruz com classe";
- "Existem sempre os devotos de São Pentelho"...
Moraes Sarmento morreu em 22 de março de 1998, aos 75 de idade, devido à insuficiência respiratória provocada por problemas cardíacos.
Seu corpo foi sepultado no Cemitério do Morumbi em São Paulo. |