Elpídio dos Santos nasceu em São Luiz do Paraitinga, no estado de São Paulo, em 14 de janeiro de 1909 e faleceu a 03 de setembro de 1970.
Filho de Benedito Alves que era maestro da Banda Santa Cecília, na mesma cidade, foi nesse ambiente que Elpídio dos Santos passou a infância, a adolescência e o início de sua juventude e descobriu o gosto pelas harmonias, ritmos e melodias.
Trabalhou como apontador de jogo do bicho, funcionário de cartório e bancário.
A arte musical, porém, já estava incorporada à sua vida. Escolheu o violão como seu instrumento musical preferido, apesar de também tocar com destreza outros instrumentos de cordas e também de sopro.
Foi também em São Luiz do Paraitinga que conheceu Amácio Mazzaropi, que não era até então conhecido pelo grande público e que viera se apresentar num circo. Depois do primeiro espetáculo, Elpídio dos Santos tocou violão a noite inteira e, a partir dali, ficaram amigos até a morte. Quando Mazzaropi começou a produzir seus filmes, chamou Elpídio para encarregar-se das trilhas sonoras. Elpídio foi realmente o compositor preferido de Mazzaropi, e era sempre convidado para criar as músicas específicas para cada filme, muitas das quais eram cantadas pelo próprio Mazzaropi.
Casado com Cinira Pereira dos Santos, mudou-se para São Paulo, para onde havia sido transferido pelo banco onde trabalhava.
Mesmo trabalhando em período integral, não parou de compor nem de dar aulas de violão. Em São Paulo, estudou na Escola Paulista de Canto Orfeônico.
Elpídio faleceu em 03 de setembro de 1970, deixando mais de mil composições as quais são preservadas e divulgadas pelos seus filhos, que também são responsáveis pelo Grupo Paranga, que vem fazendo um importante trabalho de resgate da produção musical do Vale do Paraíba.
Suas composições foram gravadas por vários intérpretes além de Mazzaropi, tais como Cascatinha e Inhana, Titulares do Ritmo, Sulino e Marrueiro, Irmãs Galvão, Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Cláudio Lacerda, Ivan Vilela, João Araújo e Viola Urbana, Pininha e Verinha, Primas Miranda, Almir Sater e Pena Branca e Xavantinho, dentre muitos outros.
Texto: Sandra Cristina Peripato |