Clenira José do Canto Michel nasceu em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, em 15 de março de 1930.
Começou seu trabalho artístico em São Paulo, na Rádio América, depois de ter trabalhado no jornal “A Época” e na empresa Light and Power (atual Eletropaulo).
Na Tupi fez rádio e TV. Permaneceu nas Associadas por 27 anos, participando do “TV de Comédia” e “TV de Vanguarda” e também de novelas como "O Segredo de Laura" (1964), "Gutierritos, o Drama dos Humildes" (1964), "Alma Cigana" (1964), “O Direito de Nascer” (1964), "O Pecado de Cada Um" (1965), "O Mestiço" (1965), "O Anjo e o Vagabundo" (1966), “Calúnia” (1966), "Angústia de Amor" (1967), “Meu Filho, Minha Vida” (1967), “Yoshico, Um Poema de Amor” (1967), "O Coração Não Envelhece" (1968), “Antônio Maria” (1968), “João Juca Jr.” (1969), “Simplesmente Maria” (1970), “A Gordinha” (1970), "A Fábrica" (1971), “Vitória Bonelli” (1972), “Rosa-dos-Ventos” (1973), “O Machão” (1974), “Sheik de Ipanema” (1975) e "Vila do Arco" (1975).
Em 1952, foi acompanhar uma amiga que iria fazer teste para elenco na TV Tupi (quando ainda era a PRF-3 Difusora-Tupi), cujo diretor artístico era J. Silvestre. Ao todo eram 17 candidatas. Por engano ela foi chamada e acabou sendo a 18ª. Ao final, das 18, apenas Clenira foi selecionada.
Sua inclinação era mais para o humorismo, onde não só atuava como atriz, mas também como redatora. Durante 18 anos escreveu, dirigiu e apresentou na Rádio Tupi um programa de música sertaneja chamado “Alma da Terra”, fazendo o papel de “Nhá Serena”, ao lado do humorista Saracura.
Escreveu ainda o programa "Canta Viola", apresentado por Geraldo Meirelles. Também foi roteirista na Rádio Tupi de programas humorísticos como "Boate do Ali Babá" e "Vai da Valsa".
Nos anos 60 fez parte do corpo docente da "Escola de Rádio e Teatro Maria Vidal". Também nos anos 60 fez "O Grande Teatro Tupi", "Teleteatro Brastemp 63", "Grandes Romances Richard Hudnut", "Tudo é Comédia", "Humor 4", "Grandes Atrações Pirani" (ao lado de Plínio Marcos no quadro "O Guarda Noturno"), "Os Mais Belos Contos... do Vigário", "Três É Demais" (com Zeloni, Anilza Leone), "Ah...legria Kolynos" (com Cazarré, Rita Cléos, Amilton Fernandes e Goulart de Andrade).
Participou dos filmes "Chofer de Praça" (1958), "O Vendedor de Linguiça" (1962), "O Homem das Encrencas (Imitando o Sol)" (1964), "Quatro Brasileiros em Paris" (1965), "Sertão em Festa" (1970), "No Rancho Fundo" (1971), "O Jeca e o Bode" (1972) e "A Volta do Jeca" (1984).
No início do ano 2000 se aposentou e passou a se dedicar às artes plásticas.
Clenira Michel era casada com Sr. Michel, com quem teve duas filhas: Jussara e Jussânia Valesca.
Faleceu em São Paulo/SP no dia 17 de março de 2014.
Texto: Sandra Cristina Peripato