"Grupo Catira Brasil - Tradição da Família"
A luzente cidade de Rio Claro, como exemplo de outras, possui inúmeras tradições. Quando se trata de dança folclórica, Rio Claro ou Cidade Azul como é denominada está figurada pelo Grupo: "Catira Brasil", formado por 06 componentes.
Este grupo folclórico existe aproximadamente trinta e um anos, onde a tradição reluz de geração para geração, sendo que começaram a florescer o dom pela dança com apenas cinco anos de idade.
Membros de uma família tradicional, formam um grupo, um dos únicos no gênero da região de Rio Claro/SP, à nível profissional e tem contribuído com suas apresentações, para difundir cada vez mais, o nome da cidade cenário cultural de São Paulo e dos estados de centro-sul do Brasil.
O Catira Brasil, além de promover a cidade de Rio Claro no cenário artístico da cultura popular brasileira apresenta a peculiaridade de ser constituído por membros da família Honório. A tradição tem sido mantida ao longo do tempo pela iniciativa dos mais velhos que, através do contato familiar, têm passado seus ensinamentos aos mais jovens.
Em Rio Claro, a tradição da dança do catira tem sido mantida graças a atuação do Patriarca, Senhor Olavo Honório de Godoy, avô dos catireiros Marcos, Michel, Fernando e bisavô de Camila, Joyce e Jonathan.
Muito embora este grupo tenha em seu nome a palavra “Catira”, em seus shows não apresentam necessariamente só catira...tocam outros estilos contidos na música sertaneja de raiz. O principal intuito é agradar à todos gravando outros estilos de músicas satisfazendo os mais variados gostos do público sertanejo.
Desde a reformulação do grupo em 1997, quando seus componentes passaram a se apresentar de forma profissional, era num total de 10 integrantes: dois violeiros e oito catireiros, porém, já existia o projeto de desenvolver um trabalho diferente ou seja, gravar outros ritmos.
Com a evolução dos tempos o catira começou a ter o número de componentes reduzido, como é o caso do grupo de catira de Rio Claro, porque fazem uma demonstração do que é e o que representa esta dança, sendo assim, se torna mais fácil a elaboração deste trabalho.
"Catira ou Cateretê"
A dança do catira ou cateretê vem da colônia. Diz-se que os jesuítas procuravam adaptar as danças e os cantos aos interesses religiosos para atrair os indígenas e o cateretê era uma das mais amadas (procuradas) de modo que ela se mantém até hoje no interior brasileiro nos estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas há outras opiniões que dão a esta dança uma origem africana, porém em geral ela é considerada indígena. De forma tradicional, a parte instrumental consta de duas violas caipiras e os cantores são os instrumentistas também, acompanhados pelos batimentos dos pés e das mãos.
A dança tanto é conhecida como Cateretê, Catira ou Bate-pé. (na verdade o Bate-pé vem a ser parte do cateretê em que os dançantes executam o sapateio) e é o divertimento que outrora mais animava as populações rurais. O caipira do interior paulista encontrava no "bate-pé" o melhor meio de fuga ou derivativa das canseiras e monotomia da vida roceira.
Certas danças como o Jongo e outras, com os seus improvisados versos de "demanda", às vezes degeneram em desavenças. O Cateretê, ao contrário, além de irrepreensivelmente respeitoso decorre num clima cordial de alegria comunicativa. O caráter amistoso do Catira é, sem dúvida, a principal razão pela qual, essa folgança em nosso meio caboclo.
O Catira é uma dança que por tradição participam elementos do sexo masculino, porém com a evolução dos tempos, a mulher que era apenas uma simples expectadora da função, passou a fazer parte desta dança. Contudo em Rio Claro, na década de 80, os integrantes do Catira Brasil faziam parte de um outro grupo denominado Catireiros de Rio Claro e nas festanças realizadas pela região, o grupo contava com a participação e o brilhantismo das catireiras "Yolanda, Neusa Erbetta e Dalva Honório (mãe de Fernando Basso e avó de Camila que atualmente integra o Catira Brasil).
No Catira em geral tomam parte dois ou mais pares de dançantes. O traje é o comum, em geral todas as danças são realizadas à noite, característica que no sul do país as destingue dos bailados ou danças dramáticas, realizadas durante o dia. Não é dança de terreiro, mas de salão, de galpão.
Duas modalidades de Catira se conhecem: o "mineiro" e o "paulista". Num caso como no outro, as partes da dança integram uma "volta", cuja duração se condiciona à duração do canto narrativo ou da moda de viola, mais os versos de saudação e despedida tirados pelos folgazões.
"Definição de Catira"
O Catira representa um segmento da arte popular brasileira em que seus componentes, quase sempre do sexo masculino, dançam ao som das modas de viola ou recortados, com passos simétricos ritmados pelas palmas e pelos sapateados de suas botas num sincronismo quase perfeito.
FERNANDO BASSO:
Luis Fernando Basso, nasceu na cidade paulista de Rio Claro no dia 10 de fevereiro de 1968 dentro de uma família de músicos. Filho de cantor e instrumentista Fernando tem nas veias sangue de artista pois a musicalidade está presente em quase toda sua família: pai, avô, tios e primos... Estimulado pelo ambiente familiar, desde criança dedica-se à música e começou a dançar catira com aproximadamente 10 anos quando passou a participar de grandes eventos culturais.
Em 1984 foi integrante do conjunto Apocalipse onde tocava guitarra-base. Já no ano seguinte, com a mudança de alguns componentes, o conjunto passou a denominar-se Prisma.
Em 1985 Fernando começou a estudar música clássica na Orquestra de Cordas de Rio Claro, sob a regência do Maestro Pedro Cameron, tendo como instrumento de estudo o contrabaixo acústico.
Em 1987, passou a tocar guitarra com a banda Fênix, o último grupo pop em que participou. No ano seguinte, a convite do tio, o Maestro Otávio Basso, foi para São Paulo, período em que trabalhou em duas super bandas musicais, a SP-3 e a Expansom montando toda a aparelhagem de som para depois cuidar da parte técnica onde realizava a mixagem de som da toda banda. Ao deixar a banda trabalhou como segurança patrimonial na Faculdade FMU.
Em 1992 retornou à Rio Claro onde concluiu o 2º Grau e preparou para ingressar no Curso Superior. De 1993 a 1996 cursou a Faculdade de Direito de São Carlos onde diplomou-se Bacharel em Ciências Jurídicas.
Entretanto, o gosto pela cultura, em especial a música e a catira, a proximidade da família e a preocupação em manter as características folclóricas do nosso povo, não permitiram que Fernando se afastasse de seu lado artístico. Assim, sempre que podia, reunia-se com os parentes para fazer aquilo que sempre gostou: dançar catira.
Em 1997, com o apoio do Secretário da Cultura e Vice-Prefeito Municipal, Dr. Claudio Zerbo, passou a representar Rio Claro em várias regiões do estado de São Paulo e do Brasil através de um grupo de catira integrado por seus familiares, contribuindo assim para a expansão da cultura folclórica brasileira. Surgiram assim os Catireiros de Rio Claro, que eram acompanhados pela dupla sertaneja Tião Godoy e João Martins (tios de Fernando).
No final de 1998 com a saída de alguns componentes e, ainda sob a liderança de Fernando passou a denominar-se Grupo Catira Brasil.
Fernando é muito comunicativo e adora conhecer novas pessoas e novos lugares e, como viaja muito para participar de shows ou a lazer, cada vez mais vai fazendo novas amizades!
A vida em família e a natureza são também suas predileções, por isso curte muito o sítio de seu avô nos arredores de Rio Claro e, tanto lá como em casa adora organizar churrasquinhos informais alegrados pelo som de viola, violão ou contrabaixo onde não pode faltar a catira.
É extremamente idealista e sonhador, o que muitas vezes deixa-o ansioso. Porém, é determinado e batalhador, razão pela qual acredita no que faz e tem cada vez mais obtido sucesso tanto na vida pessoal como profissional. Com certeza é alguém que desponta nos meios artísticos da cultura popular brasileira e está fadado a grandes conquistas.
MICHEL:
Michel Olavo Honório de Godoy, outro componente do Catira Brasil, nasceu em 16 de abril de 1968, sendo assim ariano. É católico, ardoroso devoto de Nossa Senhora Aparecida.
Assim como Fernando e Marcos, Michel cresceu em ambiente de catireiros, razão pela qual aprendeu a dançar catira na infância, tendo começado as apresentações com 12 anos de idade. Filho de Dorival Honório, violeiro, cantador e catireiro, conhecido artisticamente como Tião Godoy, Michel aprendeu a tocar viola na década de 80, período em que morou na fazenda de seu pai em Pires do Rio/GO. Ainda na década de 80 foi peão profissional de rodeio e participou de grandes montarias.
Teve a oportunidade de conhecer grande parte do território brasileiro transportando boiada num Expresso Boiadeiro.
No início dos anos 90 trabalhou com atividade turística no Nordeste, período de grandes lembranças quando conheceu as mais belas praias do litoral brasileiro.
Entretanto, a saudade da família e da vida do campo, trouxeram-no de volta ao sudeste.
Nos últimos anos passou a dedicar a atividade artística do catira e da moda de viola e sempre que possível dedica-se ao esporte como futebol e "halterocopismo". Como lazer curte um bom passeio a cavalo, boas pescarias e os freqüentes churrasquinhos nos finais de semana.
MARCOS:
Marcos Dorival Honório e Godoy, é irmão mais novo de Michel e primo de Fernando. Nasceu no dia 01 de janeiro de 1976 no distrito de Assistência, município de Rio Claro. Durante os primeiros anos viveu no ambiente rural e aos 3 anos veio com a família para a zona urbana de Rio Claro.
Marcos descobriu cedo o dom pela música pois desde os 5 anos já dançava catira com os irmãos e familiares apresentando-se em grandes eventos culturais.
Cursou o 1º Grau em escola pública tendo concluído o 2º Grau em escola particular.
Sua predileção pela música levou-o a iniciar seus estudos nesta área aos 12 anos, dedicando-se inicialmente à guitarra. Demonstrou ser aluno aplicado apresentando grande potencial para criação.
Em São Paulo foi aluno do professor e instrumentista Danny Vicent.
Após um tempo de experiência com "Blues" e "Rock and Roll" voltou a Rio Claro estudando guitarra com o renomado professor Aquiles Faneco, especialista em "Jazz".
Participou, ao mesmo tempo, de duas bandas musicais "pop": Fobia de 1992 a 1996 e Innfamed, de 1995 a 1996, sempre tocando guitarra, para finalmente dedicar-se ao ritmo pesado do "Death Metal" na banda Leprous Soul.
Mesmo com aptidões diversas na área musical, Marcos jamais deixou de lado sua vocação pela música raiz e seu fascínio pela dança do catira.
Em toda reunião familiar, quando a família Honório reunia-se pra tocar viola ou "bater pé" o Marcos fazia-se presente. E, foi este gosto e dedicação que possibilitou que Marcos fizesse parte do grupo de catireiros da família e compor, artisticamente o Grupo Catira Brasil na atualidade.
CAMILA:
Camila Bindilatti é a mais jovem integrante do Grupo Catira Brasil, nasceu em 27 de dezembro de 1989. É natural de Rio Claro/SP.
Adora música e dança e é bastante comunicativa e sorridente.
Aos 10 anos de idade começou a demonstrar interesse pela dança catira.
Ensinada pelo paizão Fernando, Camila demonstrou ser uma aluna muito aplicada pois, em apenas 6 meses já estava se apresentando ao lado do pai e dos primos.
Começou como catireira suplente porém, com a saída de um dos antigos componentes do grupo por motivo de saúde, Camila assumiu a titularidade.
Como prova de dedicação e afeição pela dança, Camila participou recentemente de uma gravação musical na faixa denominada "Festa de Catira" do CD da dupla sertaneja João Carlos e Maurício, ambos de Poços de Caldas - MG, dançando ao lado de Fernando, e desempenhou seu papel de forma brilhante.
No ano de 2002, apresentou-se com o Grupo na Festa do Peão de Barretos/SP e com certeza, "roubou a cena"!
Profissionalmente dançando catira, Camila dedica-se muito aos ensaios e tem demonstrado uma facilidade imensa para dançar, inclusive, outros ritmos. Já participou de inúmeros shows.
Tem sido convidada e já participou do show do grupo Fulanos de Tal, onde dançou uma mistura de ritmos desde o rock and roll, umbigada, cururú, samba-lenço, embolada até folia de reis, todos estes ritmos com palmeados e sapateados.
Camila sonha em estudar música e ser uma grande baterista, instrumento este que mais adora.
Por tudo que tem demonstrado, Camila é uma promessa artística!
JOYCE:
Joyce Fernanda Honório de Godoy, nascida em 25 de julho de 1991.
Filha de Valter Luiz Honório de Godoy e Denise Francisco Honório de Godoy, Joyce aprendeu desde de cedo a respeitar o semelhante, expressar o carinho e o amor por tudo na vida. Seu pai que já dançava catira ao lado dos primos Fernando, Michel e Marcos, está sempre incentivando seus filhos serem grandes catireiros e já são.
Muito extrovertida, brincalhona, simpática e inteligente.
Uma garota muito simples, porém determinada, responsável, dinâmica, dedicada, esforçada, organizada, carinhosa, carismática e solidária.
Adora ouvir música, dançar e caminhar ao ar livre. É muito eclética quanto ao gosto musical, depende do estado de espírito do dia, mas não esconde sua paixão pela moda de viola e catira. Curte muito a natureza, os animais e principalmente viver a vida.
Formada em Técnico em Química, sonha em entrar pra faculdade, se formar no mesmo campo que vem atuando e dar muito orgulho aos pais.
JONATHAN:
Jonathan Luis Honório e Godoy, nascido em 02 de janeiro de 1994, é o irmão mais novo de Joyce e também é um dos mais novos integrantes do grupo.
Muito inteligente e obstinado no que faz. É apaixonado por moda de viola. Despertou desde cedo a vontade em aprender viola e catira. Vendo o pai, o avô e o bisavô cantando e sapateando, entusiasmou-se pela cultura caipira, enveredando no segmento artístico, sendo incentivado pela geração mais velha. Começou a dançar com 8 anos de idade, acompanhando o pai, primos, tios e avô. Com isso não se recorda de sua primeira apresentação... Sempre comenta o fato da sua convivência com a dança desde criança e também acredita no que seu bisavô Olavo disse um dia em entrevista pra TV: “ O sangue puxa” ou seja, “Está no sangue o dom da música e em nossa família, passa de geração pra geração...”
Jonathan é um garoto muito caseiro e quase não freqüenta baladas, prefere estar com a família reunida e participar de uma boa roda de viola.
Seu maior sonho é ser um grande violeiro, tanto é que se inspira no saudoso violeiro e cantador Tião Carreiro.
GRUPO CATIRA BRASIL:
Fernando: Catira e Contrabaixo
Michel: Catira e Percussão
Marcos: Catira e Violão Base
Camila: Catira e Ritmo
Joyce: Catira
Jonathan: Catira
Responsável pelo Catira Brasil: Fernando Basso
CONTATOS PARA SHOWS:
Fones: (19) 3524-7360 / (19) 9160-0020 / (19) 99719-7781
e-mail: fernando@catirabrasil.com.br
Texto: Fernando Basso |