Wanderley Benedito Martins, mais conhecido como Carlito, nasceu na cidade de Botelhos, no estado de Minas Gerais, em 15 de abril de 1936, mas passou boa parte de sua vida em Camanducaia/MG.
Carlito fez de tudo no circo, onde começou ainda criança. Viveu nos picadeiros, montou e desmontou lonas, foi porteiro e ator.
Foi um menino fraquinho e magrinho, que gostava de imitar artista. Andava quase 50 km aos domingos, para ouvir pelo rádio o programa de Raul Tôrres e Florêncio.
Um dia passou um circo na cidade, e ele olhou... olhou... e resolveu ir junto, queria aprender a arte deles.
Até os quatorze anos ficou no circo fazendo de tudo um pouco: limpava as jaulas dos animais, dava comida, tomava conta da lona, vigiava os penetras, e por aí vai.
Foi em meados de 1953 que fez sua primeira experiência como ator circense: o galã da peça "A Menina Virou". Ele já conhecia as falas, mas tremeu na hora do teste, porém se saiu bem. Depois nunca mais parou.
Iniciou a carreira em 1958, quando conheceu a dupla Tonico e Tinoco, eles o levaram para a Rádio Bandeirantes em São Paulo, onde permaneceu por muitos anos. Carlito então passou a fazer parte como ator e apresentador oficial da dupla Tonico e Tinoco nos circos.
Em 1970, junto com Chiquinho, irmão dos cantores, montou seu próprio circo, desfazendo-se dele em 1982.
No cinema participou de vários filmes, entre eles "Lá no Meu Sertão" e "Obrigado a Matar" com a Dupla Coração do Brasil, Tonico e Tinoco. Participou também do filme "Estrada da Vida" com Milionário e José Rico, "Rastros na Areia" com Dalvan, e "Cabocla Tereza".
Como radialista, apresentou na Rádio Record o programa Linha Sertaneja Classe A; trabalhou ainda nas rádios Globo, Rádio Bandeirantes, Morada do Sol e na década de 90, passou pela Rádio Nova Difusora de Osasco.
Depois de muitos anos na capital paulista resolveu voltar pra cidade de Camanducaia, onde apresentava um programa sertanejo na Rádio local.
Carlito faleceu em 7 de outubro de 2008 na cidade de Camanducaia, sul de Minas Gerais, aos 72 anos de idade, vítima de infarto.

Texto: Sandra Cristina Peripato