Os irmãos Osmar Ferreira da Silva (Camões), e Antonio Ferreira da Silva (Camargo) nasceram na Fazenda Brandão, em Osvaldo Cruz, situada entre Araçatuba e Presidente Prudente, na região oeste paulista, sendo Camões em 06 de fevereiro de 1944, e Camargo em 28 de fevereiro de 1947.
Aprenderam a cantar e tocar viola e violão por influência do avô José, catireiro e violeiro, e do pai Alcides, que animava as festas com o seu violão, que tocava muito bem.
Em 1962, quando Camões e Camargo tinham 18 e 15 anos, a família mudou-se para Maringá, no estado do Paraná, para trabalhar numa fazenda. Lá o Camões cantou na Rádio Cultura de Maringá, no programa "Maringá Se Diverte", do Cafezinho, mas com outro irmão, o Osvaldo, na dupla "Nico e Neca". E o Camargo teve duas duplas, com amigos: "Lampião (Camargo) e Dioguinho (Jurandir)", e depois "Tião Mineiro (Camargo) e Mineirinho (Mauro)".
Após o falecimento do pai, em Maringá, os filhos se mudaram para Guarulhos, na Grande São Paulo, para trabalhar, no final da década de 60, e levaram a mãe, Dona Carmem.
No início dos anos 70, em Guarulhos, Camargo cantou em dupla com o irmão Osvaldo.
A dupla "Camões e Camargo" se iniciou em 1976, cantando em eventos e na Rádio Universitária de Guarulhos. Participaram da Orquestra de Violeiros Coração da Viola, de Guarulhos, idealizada por Tonico e Tinoco, em 1979.
O nome artístico "Camões e Camargo" foi adotado para a gravação do primeiro LP, em 1981. No decorrer da carreira, que durou apenas 16 anos, foi um total de 05 LPs.
Camões faleceu em 06 de julho de 1992, aos 48 anos, um mês após o lançamento do quinto disco, vítima de derrame cerebral.
Após a morte de Camões, o Camargo cantou com o Marechal e também com o amigo Pardinho, sem gravar disco. O último parceiro de Camargo foi o Odilon, da dupla Tião do Carro e Odilon.
A dupla "Camargo e Odilon" gravou apenas um CD, além de participações num CD e num DVD.
Camargo faleceu em 30 de janeiro de 2014, aos 66 anos, em São Paulo/SP, por motivo de uma queda, onde veio a bater com a cabeça.
Texto: Sandra Cristina Peripato
Fonte: José Angelo Cintra |