Wandir Wanderlei Stefanato (Antônio) nasceu em Bocaina, no interior do estado de São Paulo, em abril de 1938.
José Antônio Stefanato (Antoninho) nasceu em São Paulo/SP, em setembro de 1941.
Aos 7 anos de idade Wandir (Antônio) já cantava com seu irmão Marcelino, e encantava a todos os habitantes da cidade e redondezas; isso por volta de 1945; no mesmo ano mudaram-se para São Paulo; nessa época o mano mais novo, Antônio, já demonstrava seus pendores musicais. Apresentara-se em um programa de calouros-mirim no clube do bairro onde residiam, e ganhara o primeiro prêmio como cantor; chegou em casa todo satisfeito e mostrou ao maninho o valor do prêmio: Cr$ 5,00.
José Antônio Stefanato (Antoninho), que por essa época já contava seus 7 anos, ficou todo cheio de inveja e pediu ao irmão que repartisse o dinheiro consigo, ao que respondeu Antônio, que se quisesse dinheiro, que fosse lá cantar lá também. Então decidiram ir juntos.
De fato, no domingo seguinte, lá estavam eles, depois de haverem ensaiado a semana toda, e ao terminaram o número "Cortando Estradão", de autora de Anacleto Rosas Jr. Foi um verdadeiro delírio por parte do público. Com calorosa salva de palmas a platéia pedia "bis". Cantaram então a célebre toada "Chico Mineiro", grande sucesso gravado por Tonico e Tinoco, e arrebentaram o primeiro prêmio no valor de Cr$ 30,00.
Nessa altura, o pai dos famosos garotos, Sr. Humberto Stefanato, começou a prever o futuro dos garotos e desde então iniciou a luta para lançá-los no rádio.
Conseguiu inscrevê-los como concorrentes no veterano programa "Calouros na Roça" de Chico Carretel. Conquistaram o primeiro lugar, e foram muito aplaudidos, no dia 06 de novembro de 1949. Em 18 de dezembro voltaram pela segunda vez ao programa e ganharam novamente o primeiro lugar. Quando, pela terceira vez o Sr. Humberto foi fazer a inscrição dos filhos no mesmo programa, o diretor do mesmo (Chico Carretel), não os aceitou mais como calouros, pois ganhariam na certa. Tomaram parte no programa, mas sem concorrer aos prêmios, pois já eram considerados pelo público, artistas profissionais. Por esse tempo, já se apresentavam em quase todos os shows da dupla Tonico e Tinoco, e agradavam cada vez mais. Foi quando o Sr. Humberto conseguiu colocá-los no programa "Bandeirantes-Mirim" da Rádio Bandeirantes, animado pelo Sr. Dárcio Ferreira.
Em abri de 1951, foram para a Rádio Difusora, para cantarem no programa "Club Papai Noel" de Homero Silva, onde permaneceram por mais de três anos.
Em novembro de 1954, passaram a atuar na Rádio Nacional de São Paulo, no Programa "Alvorada Cabocla", de Nhô Zé, onde cantaram durante sete meses, tendo em junho de 1955, voltado para a Bandeirantes, desta feita para o Programa "Brasil Caboclo", de Capitão Barduíno. Lá cantaram durante um ano e meio, e depois, a convite do Comendador Biguá, foram tomar parte do Programa "Rancho do Biguá", que era transmitido pela Rádio Tupi de São Paulo.
Veio, então, o Sr. Humberto a conhecer a jovem sanfoneira Darci, que se apresentava na Bandeirantes. Gostou do estilo da exímia instrumentista e convidou-a para participar de um trio que receberia o batismo definitivo de "Antônio, Antoninho e Darci".
Logo, maiores oportunidades estariam reservadas para o trio.
Vencido o contrato com a Tupi, voltaram para a PRH-9.
Surgiu então, o primeiro convite para gravar discos, pela gravadora Chantecler, onde por indicação de Alberto Calçada, Palmeira, diretor artístico da etiqueta do galo estilizado, não teve dúvidas em realizar uma gravação com o trio.
Na mesma época, procurava a Todamérica, com o setor sertanejo sob a direção de Cascatinha, valorizar mais o seu "cast" da especialidade.
Mais um amigo se interessou por Antônio, Antoninho e Darci: o popular Paiozinho. Indicando-os como donos de grande futuro, fez com que Cascatinha reconhecesse o valor do trio e os levasse para a prestigiosa marca, onde gravaram os números "O Engraxate" e "Índio Guarani". |